Curta olha para o fenômeno cultural pela ótica da ocupação pública
Um encontro de amigos com paixão por música e audiovisual resultou no “Manifesto Roda de Samba”. Iniciado em 2017, o curta documenta a cultura de ocupação pública das rodas de samba do Rio de Janeiro. Frequentando, curtindo e estudando o circuito carioca, a equipe de amigos e entusiastas aproveitou de suas conexões com o mundo do jornalismo e audiovisual para produzir o que se tornou o minidocumentário. O time rodou por duas semanas, visitando 11 rodas de samba em vários bairros da cidade
O “Manifesto Roda de Samba” está disponível gratuitamente na plataforma de streaming Cultne.
Eu e Julio Morais nos conhecemos através de uma amiga em comum. Ela queria nos apresentar pois dizia que ambos gostávamos muito de música e falamos de coisas parecidas. Imediatamente percebi que o trabalho do Julio, com Circuito Carioca de Rodas de Samba, era uma oportunidade maravilhosa de rodar pela cidade conhecendo o movimento, com um cara lá de dentro. Mas ninguém vai numa Roda de Samba só para olhar – como disse Luís Antônio Simas no filme. Eu também queria mais do que visitar. Queria contar essa história. Queria filmar. Afinal não virei jornalista, nem fui pro audiovisual à toa”, conta Celso Lobo, roteirista e diretor do curta.
Celso começou ligando para dois amigos, donos de duas pequenas produtoras de audiovisual, e fez o convite para participar do projeto. Unidos pelo interesse e proximidade com o tema, a equipe foi movida basicamente a “água, gasolina e cerveja”. Ele complementa: “Alberto Picharillo veio de São Paulo e Juliana Faria envolveu o irmão, Nelson Faria. Ambos mobilizaram seus recursos técnicos para viabilizar a gravação. E chamamos aquela amiga que nos apresentou lá no começo, a cantora Thais Macedo, para nos ajudar a contar essa história. Estava montada a equipe.”
A equipe foi recebida como parceira do movimento e sentiu-se honrada por estar lá com os músicos, organizadores e participantes. Além de ser uma maratona musical inigualável, os cineastas e admiradores perceberam durante as gravações como é importante a ocupação que o movimento faz nos espaços públicos, levando o encontro e a alegria que a Roda permite. No documentário, fica evidente que o palco pertence também aos anônimos que cantam junto a plenos pulmões.
Rodas de Samba
Clube do Samba - Flamengo
Samba do Trabalhador - Andaraí
Samba na Fonte – Centro
Samba na Barão – Vila Isabel
Beco do Rato - Glória
Samba na Calçada - Madureira
Roda das Rodas - Praça Mauá
Jongo da Serrinha - Serrinha
Cacique de Ramos - Ramos
Moça Prosa - Largo da Prainha
Pagode do time de Crioulo – Feira da Glória
FICHA TÉCNICA
Direção e roteiro
Celso Lobo de Oliveira Neto
Direção de fotografia
Nelson Jairo Pontes Faria
Alberto Picharillo
Direção de arte
Bernardo Medeiros Gomes
Chefe de som direto
Breno Afonso Souza
Montador
Anderson Ferreira da Silva
Participação especial
Thais Macedo
Produção executiva
Juliana Pontes Faria
Julio Morais
Editor de som e mixagem
Breno Afonso Souza
Por assessoria de imprensa.
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